Salvo raras exceções, todos nós nascemos com um corpo em perfeito funcionamento, apenas com certas propensões genéticas. Isso significa que além do fator tempo (que diminui a velocidade de nosso metabolismo e nos desgasta), o que determina um melhor funcionamento de nosso corpo é o seu Equilíbrio de nosso Corpo Energético e dos corpos superiores a ele – afinal de contas, nós somos ENERGIA (e TUDO que nos cerca, desde pessoas, plantas, pedras e objetos) tem Energia. E o que conecta nosso Corpo Físico às energias mais sutis são nossos seis sentidos.
Todos nós temos nossos sete corpos (o físico, o energético, o emocional, o mental, o nirvânico, o búdico e o espiritual). E nosso estado de Equilíbrio Pleno ocorre na medida em que o Equilíbrio dos corpos mais sutis vai causando o posterior Equilíbrio dos corpos mais densos. Isso ocorre porque embora o Equilíbrio ou desequilíbrio de cada um destes corpos cause o Equilíbrio ou desequilíbrio dos outros corpos, existe um funcionamento particular que afeta áreas diferentes de nossas vidas (nosso físico, nossos pensamentos, emoções etc.). Complicado? Então vamos simplificar:
Não adianta seu físico estar bom e seu mental estar desequilibrado, ou seu psicológico estar legal se o espiritual está desalinhado.
Nosso corpo funciona mecanicamente através de órgãos, sangue, tecidos e todos os componentes que atuam como engrenagens dentro de um carro (ou seja, cada qual com sua função específica, mas uma dependente da outra). Assim como no carro, nós somos os motoristas de nosso corpo. Os carros e pedestres ao nosso redor representam o nosso Entorno (que pode tanto viver em harmonia conosco quanto provocar pequenos “acidentes”). E a gasolina que mantém o carro andando seria tudo que comemos, bebemos, respiramos e a Energia que nos cerca.
Agora deixando de lado o exemplo do carro... Sendo nosso corpo uma engrenagem tão harmônica, qual seria a nossa ligação com essas Energias sutis, imperceptíveis a olho nu, mas tão essenciais para nosso Equilíbrio? A resposta é simples: nossa sensibilidade física é notada pela atuação dos nossos seis sentidos: Tato, Olfato, Paladar, Audição, Visão e um sexto sentido que muitas pessoas chamam de Intuição, Mediunidade, Carisma... E que eu chamo apenas de Hiperconsciência – que nada mais é do que uma “luz interna” mais forte, que nos torna mais empáticos, evidentes e brilhantes. Embora muitas pessoas ignorem este sentido, não dá para negar que esta “hipersensibilidade” transparece em algumas pessoas e fica latente em outras. E a sensibilidade gerada por nossos seis sentidos atua diretamente nas terapias holísticas: sentimos o Reiki ou fazemos massagens com o Tato, escutamos músicas e mantras pela Audição, ingerimos florais e alimentos naturais pelo Paladar, absorvemos a Aromaterapia através do Olfato, e por aí vai.
Logo, pode-se dizer que os seis sentidos são a porta de entrada da Holoterapia em nosso corpo.
E, mais do que isso, cada sentido tem uma conexão direta com os elementos naturais da Terra e os Reinos Animal, Vegetal e Mineral. Exemplos: o Sol (elemento Fogo) que proporciona a fotossíntese (Reino Vegetal) nos proporciona vitamina D e doura a pele (sentido Tato).
Já um copo d’água (elemento Água) rega plantas (Reino Vegetal), alimenta bichos (Reino Animal) e nos dá saúde quando ingerida (Paladar). Tudo está interligado! E quanto mais a gente estiver alinhado a tudo isso, maior será nosso Equilíbrio.
É por isso que reforçamos tanto a necessidade de apurar seus seis sentidos, valorizar os cinco elementos naturais (Água, Terra, Fogo, Ar e Divino/Etérico) e conectar-se sempre que puder aos três Reinos (Animal, Vegetal e Mineral).
Outra forma de elevar o uso de seus seis sentidos é alinhá-los a propósitos ligados ao bem (ou seja, evitando escutar coisas ruins, comer porcaria, cheirar odores nocivos, ter contato com algo que nos machuca/ entristece e enxergar cenas/situações que nos fazem mal). Desta forma, nós começamos a usar nossos sentidos para bloquear energias ruins e a abrir nosso corpo para as energias boas. Por que assistir a jornais sensacionalistas, se isso lhe deixa triste? Por que comer algo que você sabe que lhe faz mal? Por que ir à praia sem protetor solar, se você sabe que isso queimará sua pele? Quando aliamos um uso consciente dos cinco elementos à valorização dos três Reinos, todas as Energias Universais do Bem começam a de fato entrar em nosso corpo. E as portas de entrada de todo tipo de energia sutil em nosso Corpo Energético são nossos sete Chakras principais – que são vórtices (ou canais) de energia.
Cada Chakra tem conexão direta com os órgãos físicos próximos a ele, suas glândulas e funções, sejam físicas, mentais, psicológicas ou espirituais – afinal, um desequilíbrio físico pode gerar transtornos mentais da mesma forma que um desequilíbrio psicológico pode gerar problemas físicos.
É por isso que condicionamos nosso Equilíbrio Pleno ao uso de nossos seis sentidos “condicionados” ao bem, ao respeito pelos três Reinos, a um uso consciente dos cinco elementos naturais da Terra (sem desperdícios desnecessários) e ao alinhamento de nossos sete Chakras principais. Acreditamos que a junção destes fatores nos tornará pessoas melhores com todos ao nosso redor, melhorará o Ecossistema que nos alimenta e nos conectará muito mais facilmente a qualquer tipo de Energia Superior (chame você de Deus, de “Alto” etc.).
Isso significa que, fazendo tudo isso, o seu Equilíbrio Pleno está garantido? Claro que não! Por mais que você propague uma Energia forte e positiva, a Energia negativa de um vizinho pode lhe afetar e desequilibrar instantaneamente. É por isso que ninguém está imune a assaltos, violências e afins: o seu Equilíbrio não garante o Equilíbrio de todos ao seu redor. Como já afirmamos em capítulos anteriores, não somos ilhas cercadas de água. Fazemos parte de um Todo indivisível.
Se a gente tivesse que ilustrar uma forma para mostrar visualmente qual seria a melhor forma de criar um ambiente propício ao Equilíbrio Pleno, ela seria mais ou menos como o desenho mostrado no início deste texto. Isso porque há pessoas que se sintonizam com o Divino (geralmente, são praticantes fiéis de determinada religião), mas não são muito atentas aos cinco elementos naturais da Terra (ou seja, gastam água demais, poluem o ar e são indiferentes à Natureza). Outras têm alguns sentidos apurados, mas não fazem nada para se elevar (como orar, por exemplo). Logo, o chamado EQUILÍBRIO PLENO funciona somente no ponto de intersecção onde você interage equilibradamente com todos os elementos do desenho acima.
“Ah, é impossível estar sintonizado a tudo isso”, diriam algumas pessoas. Bom... Se fosse fácil, o mundo seria um Paraíso - e nós não precisaríamos de tanta disciplina.
Este estado interno e externo de Equilíbrio é algo que devemos buscar nos pequenos detalhes da vida – e a busca por este estado é um dos propósitos de quem passa a viver holisticamente.
Se você quer dar início a esta busca incessante por este estado de Equilíbrio Pleno, pense em tudo que foi dito neste capítulo e valorize sua relação com seus seis sentidos. E nunca se esqueça da premissa que deve ser o pontapé inicial de toda pessoa que busca uma proposta de vida integrativa: faça o Bem e evite o Mal.
Isto gerará uma corrente do Bem onde, partindo de você, um mundo cada vez melhor será construído ao seu redor.
