domingo, 10 de maio de 2020

Feliz dia das Mães - separados, mas mais juntos do que nunca!

Hoje está sendo um dia das Mães muito atípico, intenso e vazio ao mesmo tempo. Tempos difíceis são como lições ou provas difíceis da escola: requerem mais estudos e atenção. Porém, hoje me deparei com muitos amigos e parentes com Mães que já haviam desencarnado. Na maioria das vezes, as mensagens diziam algo do tipo "Sinto sua falta, mas te sinto presente aqui comigo. Não podemos estar juntos(as) fisicamente, mas sempre estaremos juntos(as) de alguma outra forma". Pois é... Esta pandemia nos dá essa mesma sensação. Todos nossos parentes e pessoas queridas estão "juntas conosco, ainda que não fisicamente"? Não é algo doido para se pensar? 

Tenho o privilégio de ainda poder conviver com minha mãe fisicamente (mas não neste momento, em que estamos afastados - pois apesar de todas dúvidas que norteiam a parte política deste vírus, escolhemos respeitar a quarentena e estamos isolados), além de outra série de Mães importantes na minha vida - minha tia, minha madrinha, minha sogra, cunhadas, primas, amigas e, principalmente, minha esposa, geradora da minha maior obra prima nesta vida: meu filho. Antes disso tudo ocorrer, nós podíamos nos ver toda hora, todo fim de semana, em qualquer janela de tempo da semana (já que sou autônomo)... Mas é justamente quando não podemos fazer isso que nos sentimos mais próximos e conectados. Isto também não é algo doido para se pensar?

É... Mais do que nunca, "de médico e louco, todo mundo tem um pouco" neste momento. Há os que considerem este vírus uma gripezinha, há os que acham que estão exagerando nos números (para abocanhar mais verbas e/ou apavorar a população, para que ela se conscientize e de fato fique em casa) e há os mensageiros funestos, pessoas comuns ou jornalistas que parecem se deleitar espalhando notícias ruins. É claro que existe uma parcela triste e assustadora nisso tudo, mas por que não espalhar coisas boas também? Por que eles se focam no aumento de casos e mortes, e não enfatizam os recuperados? Por que esta briga política ridícula, quando o que era para ser uma soma de boas energias (e uma multiplicação de boas ações) está mais para uma divisão ideológica (e uma subtração de vidas)? Cara, é inacreditável ver que muitas pessoas estão focadas na hostilidade e no fanatismo político (EM TODOS OS ESPECTROS IDEOLÓGICOS) numa hora dessas! Isto também não é algo doido para estar acontecendo neste momento?

De fato, tudo isso que estamos vivendo é muito doido. DOIDO e DOÍDO. É o primeiro dia das Mães que passo longe de minha Mãe. MAAAAS... Como eu sempre tento adotar um foco no "copo meio cheio" aqui neste blog, voltemos ao início deste texto: estamos de fato passando por uma prova difícil, daquelas que temos vontade de sair, de fazer uma série de coisas... Mas, se queremos "passar de ano" (ou seja, ser aprovados para a próxima etapa nesta jornada), temos que ficar em casa, refletindo e estudando. No entanto, se você prefere sair, acreditando que a prova será fácil ou que seu conhecimento já é suficiente para passar de ano, lembre-se: pode cair justamente aquela matéria que você não estudou/refletiu. E aí você poderá ser reprovado. Acho que não preciso explicar essa metáfora...

Pode ser que futuramente a gente descubra que números estão sendo forjados, e que muito do que estamos vivendo tenha uma parcela política? Bom... Hoje não temos certeza de nada. Então, pra que arriscar? FAÇA SUA PARTE. Se puder, fique em casa! Se sair, use máscara e respeite o distanciamento das outras pessoas. E se alguém descobrir algo forjado por qualquer político, a gente briga para fazer justiça DEPOIS. Mas, definitivamente, agora não é o momento de brigar. Não é o momento de rotular pessoas queridas de esquerdopatas, gado, mínions, mortadelas, isentões... Sério, parem com isso! O momento é de dar as mãos, não bofetadas!

Bem... Para finalizar, ao invés de lamentar o fato de não poder abraçar e beijar minha Mãe fisicamente, eu prefiro AGRADECER pelo fato de ainda ter uma Mãe encarnada aqui comigo. Este é um privilégio que muitas pessoas queridas não têm. Por isso, prefiro pensar que não comemoraremos este dia das Mães, mas que, se Deus Quiser, comemoraremos o dia dos Pais, o Natal ou o simples fato disso tudo ter passado, porque VAI PASSAR. VAI PASSAR!

Também não poderia deixar de agradecer à minha querida esposa por toda sua paciência neste confinamento, com um filho de um ano andando e "tocando o terror" em nosso humilde lar. Como já disse em meu Instagram (@danielpaione), os perrengues que estamos vivendo são infinitamente menores que as alegrias. E ter ela aqui, com um filho nesta idade evoluindo a cada semana, é um combustível que com certeza nos alimenta e dilui muitos nódulos de impaciência, cistos de revolta e surtos de ansiedade. Basta um sorriso aberto dele, uma brincadeira ou um pedido de colo, que toda essa negatividade é imediatamente corroída...  

Enfim... Um ótimo dia das Mães a todas as Mães encarnadas e desencarnadas. De uma forma ou outra, SEMPRE ESTAREMOS JUNTOS. E, sobre este período doido e doído... Lembre-se: assim como qualquer turbulência ou enfermidade, VAI PASSAR. Basta seguir os protocolos corretos de cura/prevenção, e não o que seu vizinho categoricamente diz, sem o menor embasamento. 

Muita força, paciência, luz e Amor no coração de todos vocês.

(escrito por Daniel Paione)

terça-feira, 28 de abril de 2020

E depois que tudo isso passar?

Que hoje vivemos momentos de incertezas, isto é um fato. Que tudo isso vai passar, também é um fato. Que haverá muitos desencarnados, muitos traumatizados e cheio de sequelas, isto também é um fato. Aliás, isto é normal quando passamos por qualquer tipo de adversidade, desde um acidente de carro, uma fratura ou uma desilusão amorosa - pois os traumas geram aprendizados, dores e lembranças. Há quem diga que em poucos meses, viveremos como se nada disso tivesse ocorrido, e quem diga que a vida nunca mais será a mesma. E, diante de todo este cenário, ficamos reféns do acaso. "Ficarei seguro(a)?", "Perderei entes queridos?", "Quanto tempo mais durará isso?"... O fato é que vai passar. E depois? O que você espera do pós-corona?

Em primeiro lugar, enquanto muita gente discute se devemos priorizar o lado humano ou econômico disso tudo, é óbvio que estes lados se complementam (afinal, se todo mundo morre, não fica ninguém para consumir - e se todo mundo "quebra" financeiramente, haverá colapso nos hospitais públicos, mais violência, assaltos, suicídios e mortos). É claro que o lado humano sempre deve ser priorizado, mas sem ignorar os empregos que sumirão, as empresas que fecharão e as reservas que diminuirão. No entanto, esta "dupla" (lado humano e lado econômico) na verdade é um trio: temos que manter vidas, preservar o máximo possível da parte econômica e também o lado emocional/mental. Muita gente sairá aparentemente ilesa desta pandemia, mas repleta de medos, angústias, traumas e desequilíbrios internos que poderão comprometer seus lados físico e profissional. E não vejo muita gente falando sobre este 3o lado. Eu vejo muita gente romantizando esta quarentena, buscando explicações espirituais para tudo isso e outras querendo atrelá-las a aprender/produzir, mas há pessoas que estão de fato pirando em suas bolhas de isolamento, saudosas de afeto, da vida social, inseguras, pessimistas, ansiosas e com medo do futuro. É a estas pessoas que quero me dirigir neste texto.

Vamos lá... Na real, hoje acredito que a gente esteja DE FATO chegando ao tal pico de contágio. Por isso, procurem não ficar atrás de notícias o tempo inteiro. Não para gerar uma alienação, mas sim, porque nós só temos o controle sobre o nosso isolamento - e se seu vizinho de bairro faz bailes funk, anda sem máscara, vai em festas e desdenha disso tudo, você não tem como diminuir a curva sozinho. De qualquer forma, faça sua parte SE PUDER! (mas aceite quem não pode e precisa sair para ganhar dinheiro para comer). Julgue menos e seja mais empático! 

De qualquer forma, este período de pico exigirá ainda mais isolamento e cuidados (como o uso de máscaras e o distanciamento mínimo de 2m de outras pessoas). Após tudo isso, assim como ocorreu em vários países, a coisa diminuirá até sumir. E depois disso?

Bom... Aqui de fato começa o propósito deste texto. Os profetas do apocalipse dizem que entraremos em uma recessão imensa, e que demoraremos anos para nos recuperar. Ok, haverá uma recessão, muito desemprego, pessoas com menos reservas em suas contas... E os mais privilegiados terão mais dinheiro para comprar - e com um poder de barganha maior. Se alguém estiver passando dificuldades e tiver que vender um carro para comer ou pagar a escola de seus filhos imediatamente, é provável que tenha que, por exemplo, se desfazer de um carro. E, na necessidade, é provável que aceite 20 mil em um carro que vale 30. Nesses momentos, quem tem esses 20 mil, se dá bem (e isto vale para imóveis, contratantes etc.).

No entanto, você sempre tem a opção de escolher seu referencial (ou, como diz Einstein, "tudo é relativo"!). Por mais chavão que isto soe, mesmo em períodos extremos, você sempre terá a opção de enxergar seu copo como meio vazio ou meio cheio. "Mesmo agora?", podem estar questionando alguns de vocês. Acredite... Mesmo agora!

Pensando nisso, separei algumas frases que tenho escutado das pessoas mais pessimistas, e vou tentar mostrar "o copo cheio" de todas elas:

1-"Os mais ricos se darão bem". E aí, o que há de diferente nisso? Eles sempre se darão bem, seja por décadas de esforço, merecimento ou "sorte". Então, ao invés de praguejar ou desmerecê-los, concentre-se nas coisas que estão ao seu alcance, e não no que VOCÊ ACHA que os outros devem fazer. Além do mais, se isto sempre ocorreu, este não é um argumento que deva ser levado em conta no pós-corona.

2-"Grande parte da população sairá mais pobre". Sim, isso é verdade. Mas quer saber? Nós, brasileiros, nunca vivenciamos grandes tragédias (somente nossas "tragédias cotidianas"). E até por isso não refletimos sobre o quanto este "empobrecimento" (que eu prefiro chamar de "mudança de referencial financeiro") é normal após eventos catastróficos, como uma guerra ou um desastre natural. E este cenário gera uma bola de neve, onde se eu não tenho dinheiro, eu consumo menos. Se eu consumo menos, alguns empresários falirão e outros terão que diminuir seus preços, para que as pessoas com menos dinheiro possam comprar seus produtos/serviços. Se o empresário tiver que diminuir seu preço de venda, ele terá que exigir uma diminuição no preço de compra, e isso atingirá quem transporta esses produtos, o valor da gasolina... até chegar no produtor da matéria-prima. Este "ajuste" pode ser visto como um período de ruptura, onde o lado bom é que a gente percebe que TUDO PODE SER MAIS BARATO - e se você antes ganhava 6 mil reais e gastava 5 mil todo mês, sua vida não mudará se você ganhar 3 e gastar 2500. Além do mais, você não está sozinho(a) nisso tudo: se estão todos no mesmo cenário e quase todos são afetados, existirá um esforço COLETIVO para que todos saiam aos poucos disso. Em outras palavras, ganharemos menos, mas gastaremos menos. 

3-"Tudo isso gerará uma série de sequelas". Ok, já falamos sobre boa parte delas. Bem... Que tal falar sobre as sequelas boas? Muitas empresas estão vendo que talvez não seja necessário exigir 100% de seus funcionários fisicamente na empresa. Isto gerará mais empregados "home office", que gerará menos espaço físico necessário para as empresas, que gerará empresas em imóveis menores, que gerará uma economia que poderá gerar mais empregos. Com mais pessoas "home office", teremos menos trânsito, mais famílias juntas e menos carros poluindo as ruas. 

Quer mais sequelas boas? Muita gente está se reinventando, vendendo cursos à distância, se expondo mais nas mídias sociais, atingindo públicos-alvos que não atingia antes e propagando suas mensagens de forma muito mais ampla. Quer mais? Muitas profissões que eram desvalorizadas estão "na linha de frente", e serão mais respeitadas e valorizadas (como os professores, os profissionais da saúde, de entrega de produtos, os de limpeza, os cozinheiros... A lista é imensa!). Mais respeito gera mais autoestima, e muitas pessoas questionarão seus papéis na sociedade - pois estão com tempo para refletir hoje. Isso não é uma coisa boa?

4-"Minha vida mudou tanto que tenho medo de que as coisas não voltem a ser as mesmas de antes". Bom... Esta é uma consequência que está em suas mãos. Se você está tomando mais cuidados na parte higiênica, manter isso é uma coisa boa, não acha? Se você está passando mais tempo com sua família, por que querer mudar isso? Aliás, se você está EDIFICANDO as horas livres que tem hoje, por que não manter isso? Se você está lendo mais, dormindo mais, se exercitando mais, rezando mais, estudando mais, sentindo falta de sua família, amigos e tudo que você ama, tudo isso pode ser mantido no pós-corona, e ressignificado para algo bom. Mantenha as leituras, estudos, o lazer em família, o trabalho em equipe em casa (nas tarefas domésticas), as atividades físicas, as orações... E valorize seus entes queridos, mesmo na hora em que puder vê-los toda hora. Valorize o abraço, o afeto, o lazer e tudo que lhe faz evoluir física, emocional, mental e espiritualmente. Resumindo, FAÇA COM QUE SÓ FIQUEM AS COISAS BOAS DESTE PERÍODO. Afinal, eu imagino que na hora em que tudo isso passar, ninguém mais quer voltar a vivenciar algo parecido, não acha? 

5-"Muitas pessoas estão morrendo". Pois é... Esta é a única consequência definitiva e amplamente contraditória: se analisada de forma INDIVIDUAL, para quem perde um ente querido, esta pandemia já terá consequências devastadoras (e irremediáveis). Estão morrendo pessoas novas, velhas, com doenças e aparentemente sem nada - e a grande verdade é que por mais que haja previsões, ninguém pode afirmar quantas baixas teremos. NINGUÉM! No entanto, analisando de forma GLOBAL, nós sabemos que quanto menos seres humanos houver no planeta, melhor pro planeta! Basta ver como o céu está mais limpo, o ar mais puro, os mares e rios menos poluídos, animais se aventurando em cidades vazias... Então, caso você seja uma das pessoas abençoadas que não tiver entes queridos falecidos, reflita: este é um período de seleção natural que, PARA O PLANETA, acaba sendo bom. Parece cruel afirmar isso, mas é verdade. E caso você perca alguém especial, minhas sinceras condolências. Mas lembre-se: vai morrer e já morreu quem tinha ou tiver que morrer (ou seja, se chegar a minha ou a sua hora, seja por covid, infarto ou um tombo besta em casa, nós partiremos).  

Para concluir, vou acrescentar uma questão para você refletir, que gerará a consequência que você quiser: O QUE VOCÊ QUER SER APÓS TUDO ISSO? Acredite, você pode transformar sua vida o tempo inteiro - mais ainda em tempos onde todos estão passando por mudanças. Grandes invenções surgiram durante guerras, grandes remédios surgiram com doenças letais e é nestes momentos que separamos o joio do trigo. Enquanto empresários aumentam os preços de produtos em falta, outros doam verbas em prol da vacina. Enquanto alguns reclamam do isolamento em apartamentos de 200m, outros saem distribuindo marmitas para moradores de rua. Enquanto uns vibram mesquinhamente agarrados em suas verdades morais ou políticas, outros oram e pensam no "Todo". E enquanto alguns parecem sentir prazer em propagar tragédias, outros só espalham coisas boas. Com as mídias sociais, estamos cada vez mais isolados, mas ao mesmo tempo JUNTOS e MISTURADOS. Complexo, né? Só que o distanciamento pode propagar ódio e Amor ao mesmo tempo. Ódio porque é fácil xingar alguém isolado, sem a menor chance de trombar essa pessoa. E Amor porque EMANAMOS O QUE VIBRAMOS. O que a gente pensa, a gente cria. Então, deixo aqui mais uma reflexão para você: o que você quer vibrar neste momento?

Por tudo isso, como defendia Darwin, este é um momento de seleção natural. É sua escolha se isolar ou arriscar. Produzir ou reclamar. Ficar parado(a) ou evoluir. Odiar ou amar. Olhar pro seu umbigo ou para o Todo. Julgar ou compreender, criticar ou escutar.

É por isso que o pós-corona será aquilo que você pensar, vibrar, emanar e criar. Acredite, tá TUDO em suas mãos. É uma questão de escolha.

E aí, como será o seu pós-corona??

(escrito por Daniel Paione)

quarta-feira, 18 de março de 2020

O que aprender com este clima tenso?



Nesta segunda, parece que a "ficha caiu". Embora o tal "corona vírus" já povoasse os principais veículos de comunicação, todos estavam tratando este assunto com uma certa indiferença. "Ah, não é um vírus letal". "Ah, há pouquíssimos casos por aqui". "Ah, é só uma gripe"... Só que com as medidas adotadas nesta semana, instaurou-se um clima tenso, pesado, quase que apocalíptico! Por isso, vem a reflexão central deste texto: até que ponto este clima ajuda? O medo gera uma série de cuidados (o que é bom), mas também gera este ambiente pesadíssimo (o que é ruim). Como chegar em um meio-termo que nos deixe responsáveis, mas sem desespero?

Em primeiro lugar, é necessário analisar esta situação de uma forma holística - ou seja, integrando todos os fatores que norteiam este vírus, o que ele tem causado e o comportamento geral das pessoas, sejam profissionais da saúde, da imprensa ou a população em geral. Feita esta análise, é preciso filtrar o que é verdade e o que é sensacionalismo. Precisamos nos manter informados, sim, mas entrar em desespero não nos levará a nada. Então, deixo aqui a primeira dica para vocês: ao invés de ficar pensando que o quadro vai piorar, que muitas mortes podem ocorrer ou que ficaremos meses assim, gerando caos, desemprego e falta de produtos nos mercados, por que simplesmente não fazemos nossa parte, evitando aglomerações e vivendo um dia por vez? Essa situação pode se estender por muitos dias? Até pode... Mas o que adianta a gente focar nossa energia nisso? Então, volto a dizer: vivamos um dia por vez, cada um fazendo sua parte. Qualquer coisa além disso só ajudará a propagar esse clima pesado que estamos vivendo.

Em segundo lugar, esquecendo o que esse vírus causa em termos de sintomas, vamos pensar nas mudanças que ele tem gerado na população. Todos nós estamos menos focados em coisas fúteis e mais focados em pensar no próximo, certo? Estamos mais em casa, com nossa família, e menos no trânsito ou fazendo compras. Temos mais tempo para refletir sobre a vida, estudar, ler... enfim, para parar e respirar profundamente. Aliás, esse vírus afeta justamente a nossa respiração, tornando-a mais difícil, densa. Será que não existe uma mensagem por trás disso? 

Na minha opinião, ele mostra que precisávamos parar um pouco, diminuir o ritmo, RESPIRAR calmamente... e pensar mais no próximo. Não é isso que este vírus está causando? Então vamos focar nisso ao invés de ficar só vendo notícias trágicas. Que cada um de nós aproveite esse tempo para refletir, respirar e voltar à vida normal muito em breve. Mas, mais do que tudo, que esse período de reflexão nos leve a uma vida mais integrativa, holística e leve. A Humanidade precisa disso!

E falando em coisas que a Humanidade precisa, eu queria falar sobre o nosso papel nisso tudo enquanto terapeutas holísticos. Nós vendemos o Holismo, este "pensar no próximo" - ou um viver integrativo, considerando tudo que nos norteia. É por isso que nós precisamos mais do que nunca espalhar estes conceitos integrativos: somente com este viver holístico, é que sairemos RÁPIDO desta situação. Sozinhos, não sairemos disso tão cedo. 

Aí você pode dizer "ah, tudo isso é muito bonito, mas serei muito atingido financeiramente". E quem não será? Por isso, ao invés de emanar energias ruins e pensamentos egoístas, considere que estamos TODOS no mesmo barco. Estamos vendo um movimento onde quem quer levar vantagem em cima deste cenário (cobrando, por exemplo, álcool gel 5x mais caro) é imediatamente criticado - e quem se oferece para ajudar ao próximo é aplaudido. Não é este tipo de pensamento que queremos nutrir como sociedade? É claro que vamos receber menos por algumas semanas, mas vamos gastar menos também (pois sairemos menos, gastaremos menos gasolina e, principalmente, pouparemos VIDAS e SOFRIMENTO). Estamos dando um passo para trás sim, mas não há outra opção. Há idosos e pessoas com diversos quadros críticos que nós amamos, que são mais vulneráveis à letalidade deste vírus. Vamos pensar nestas pessoas! Mais do que nunca, elas precisam da gente. Mas não foquemos na iminência da morte delas, e sim, em poder voltar a abraçá-las o mais breve possível. ISTO é focar no positivo!

Por tudo isso, caso você esteja se sentindo nervoso(a), em pânico, com medo do futuro ou com qualquer outro tipo de desequilíbrio, lembre-se da mensagem que este vírus passa: precisamos parar um pouco, RESPIRAR com mais calma, sem histerias ou um viver egoísta. Vamos valorizar o que precisa ser valorizado, fazer o que precisa ser feito e logo tudo isso passará. 

A partir de agora, passe menos tempo vendo notícias ruins e mais tempo lendo ou interagindo com sua família. Arrume seus armários, medite, faça exercícios em casa... mas, acima de tudo, vibre na positividade e na certeza de que tudo isso nos levará a algo melhor. Basta cada um fazer sua parte e ter total confiança em duas pequenas palavras: VAI PASSAR! 

(escrito por Daniel Paione)