Sou encanto, descanto, decanto... E às vezes me botam no canto.
Sou riso, permito e me piso... E às vezes me botam no piso.
Sou mão que alcança, que cansa... Às vezes largada na dança.
Sou casta ou sou puta, não basta... Às vezes você me afasta.
Sou tudo, na beira da escada... Ou subo, ou me tacam pro nada.
Sou pés, sustentando mil fés... Coberta sou vítima, exposta sou ré.
Sou umbigo, castigo, perigo... Mas escuta o que eu digo, eu posso, eu consigo.
Sou boa, às vezes à toa... Me prego, sou minha patroa.
Sou forte, doo sorte, se importe! Por vezes lhe tiro da morte.
Sou ninho, sozinho, carinho... Mas posso fazer meu caminho.
Sou caça que ama, que caça - Permita que eu faça, eu faço, não faça.
Sou ágil, sou frágil, presságio... Permita que eu inove, e evito o plágio.
Sou o sonho de quem quer sonhar - Não quero ir na frente, quero andar em par.
Sou minha cabeça aos pés, sou tudo no nada, sou apenas MULHER.
(Feliz dia Internacional da Mulher!
escrito por Daniel Paione - 8/03/2016)
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