segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O poder da Fé (religiosa ou não)

Muita gente encara as práticas holísticas como algo místico, esotérico ou com um funcionamento similar às práticas religiosas (ou seja, como se elas só funcionassem se acreditarmos nelas). A Holoterapia funciona MUITO MELHOR quando há a fé no seu êxito - assim como em qualquer área de nossas vidas. Ter fé no sucesso de algo sempre ajuda, como ajuda quando acreditamos no sucesso de uma entrevista de emprego ou quando um atleta enfia na cabeça que ele vai vencer. No momento em que ACREDITAMOS, a confiança na eficácia de QUALQUER tratamento sempre será um aliado em prol de seu sucesso. 

Imagine-se tomando um remédio tendo plena certeza que é uma porcaria e não surtirá efeito algum. Por mais subjetivo que isto soe, tudo é energia, e as energias se sintonizam conforme existem afinidades entre elas. Se sua mente vibrar “NÃO ACREDITO NISSO”, seu corpo encontrará mais dificuldade em assimilar qualquer tratamento. É o tal negócio... Vibrando negatividade, você não atrairá coisas boas. Tal como um rádio, nós só nos sintonizamos com aquilo que nossa energia vibra.

Certa vez, sugeri o uso de um Cristal em um amigo, e ele logo perguntou se precisava crer que aquilo funcionaria. Por mais estranho que isso soe, muitas pessoas trazem a mim dúvidas similares a essa, comparando mentalizações com orações, Cristais com imagens sagradas e por aí vai – como se as práticas holísticas fossem similares às práticas religiosas. 

Pela forma como eu encaro as coisas, acredito que o único ponto em comum entre estes assuntos é que tanto o tratamento holístico quanto a religião proporcionam ao seu praticante um estado mais elevado de consciência e Equilíbrio. Mas tirando isto, uma coisa não tem nada a ver com a outra.

No entanto, conheço muitas pessoas que acreditam que quanto mais conceitos ligados ao bem uma pessoa tenha, menos ela necessitará formalmente de uma religião, pois ela praticará o bem sem que seja preciso ler determinado livro ou frequentar determinados templos, igrejas, terreiros ou centros. Mas isso é muito pessoal. Cada um deve seguir e fazer aquilo que lhe faça bem. Só não cometa o erro de apontar e julgar aqueles que seguem uma fé diferente da sua ou que vivem perfeitamente sem esta necessidade. Ninguém tem o direito de apontar e julgar uma fé como certa ou errada.

Independente da sua religião, não há como negar a extensão do papel das religiões no âmbito social e até complementando a educação das pessoas ao longo da História da humanidade - principalmente no aspecto positivo da imposição de limites a civilizações primitivas e muitas vezes cruéis. 

Isso porque sempre houve (e sempre haverá) a necessidade de práticas que ancorem o ser humano menos consciente/evoluído para controlar seus impulsos mais primitivos.

“Este não era para ser o papel da Justiça?”. Na teoria, sim. Mas na prática, além de ser um ótimo mecanismo de controle entre povos bárbaros que guerreavam às vezes só para mostrar poder e ampliar seus territórios, o surgimento destas doutrinas veio em épocas onde não havia regra alguma. No momento em que as religiões substituíram os politeísmos e crenças tribais mais antigas, começando a de fato ganhar um papel mais importante social e civilmente, a humanidade era quase primitiva. A partir daí, ficou claro que o papel da religião transcendia a fé e seus dogmas, se estendendo também para o controle e a educação de civilizações belicosas – ou seja... Além de nortear as pessoas boas, ela EDUCA as mentes mais fracas e/ou propensas ao mal. 

Hoje em dia, embora o mundo esteja menos primitivo do que era há milênios, muita gente ainda sente dificuldades em buscar respostas dentro de si ou observando seu entorno - seja por falta de tempo, interesse ou informação. Isto sem mencionar os locais onde as referências de pessoas bem sucedidas sejam bandidos ou pessoas de índole ruim. Mas independente disso, não dá para negar que o principal papel da religião ainda seja (ou pelo menos deveria ser) a construção de uma ponte entre o humano e o Divino, seja "Ele" Deus, Jeová, Jesus, Alá etc.. Cada um busca o acesso ao Divino em diferentes momentos, sendo que, na minha opinião, os três principais ocorrem: 

1-Quando estamos sofrendo; 

2-Quando nos sentimos perdidos (e não temos fé nas pessoas ou mundo ao nosso redor); 

3-Quando queremos algo a mais da vida, saindo do campo material e buscando respostas mais amplas.

Seja qual for a circunstância "escolhida", o alívio provocado pela religião indiscutivelmente cumpre um excelente papel social. Porém, se você tivesse que responder de forma racional à pergunta "o que é religião?”, o que você responderia? 

Simplificando o máximo possível, eu diria que é uma doutrina com um apanhado de regras e obrigações que trazem respostas para perguntas sem respostas claras. Ou, falando de um jeito prático, é a escolha de uma fé que nos aponta o que é certo e o que é errado - e nos exige uma série de obrigações em troca da tranquilidade da continuidade da vida após a morte. 

Resumindo, não estamos aqui a passeio. Mas, citando uma religião de exemplo, será que todo católico age 100% de acordo com o que a Bíblia exige? A grande maioria, acredito que não (afinal, quem hoje em dia se casa virgem, só para citar uma das práticas defendidas na Bíblia?). Logo, por que temos essa necessidade de nos definir como católicos, cristãos, evangélicos, espíritas etc.? Por que todo fiel se sente obrigado a aceitar práticas que nem ele mesmo respeita? E não falo somente dos dez mandamentos ou dos sete pecados capitais. De que adianta bater no peito, dizendo “eu sou católico/ espírita/ evangélico/ etc.” e xingar os outros no trânsito, furar filas, dar em cima da colega de trabalho casada, falar mal da vizinha, destratar um funcionário ou sonegar impostos?

“Ter uma religião seria apenas uma convenção social destinada a aqueles que precisam de um norte, não importando o quão hipócrita seja a escolha da fé praticada?”. Não é bem assim... Existem trabalhos maravilhosos feitos por várias igrejas e centros espíritas. E o papel de "catequizar" detentos, bandidos, drogados e pessoas sem instrução alguma, executado com tanta dedicação pelos evangélicos? Muitas vezes, ele proporciona resultados que nenhuma instituição consegue atingir. 

“Então a religião só serve para catequizar bandidos e ignorantes?”. Claro que não! Serve também para pessoas de bem que querem fazer o bem aos outros - e trilhar um caminho de evolução humana/espiritual.

“Eu conheço muito ‘picareta’ que abusa da fé alheia para ganhar dinheiro”. Bom... Picaretas existem em todas as religiões, locais e segmentos da sociedade. E outra:

Na maioria das vezes, a religião sempre foi, é e sempre será a porta de entrada para um caminho de elevação sem volta, sendo você um praticante ou não. A partir daí, cabe a cada um a decisão de continuar abrindo novas portas, sair ou procurar outros caminhos.

Concluindo... Não importa se você prefira praticar o bem com ou sem a necessidade de uma referência, um "guia" de doutrinas ou um caminho detalhadamente explicado. Basta praticar o bem, evitar o mal, respeitando ao próximo, sentindo Gratidão por tudo e buscando evoluir, hoje e sempre.

Em relação a “ter fé na eficácia de algo”, vale ressaltar que isso sempre ajuda. Traduza a palavra FÉ como você quiser: confiança, convicção ou um constante “EU ACREDITO” que devemos alimentar e usar de combustível para realizar tudo que almejamos.

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