terça-feira, 2 de julho de 2013

Definição de "Holoterapia"

Muitas vezes, quando digo que trabalho com Holoterapia, me deparo com semblantes surpresos, ou com desdenhosas perguntas tais como "Holo o quê??". Em primeiro lugar, é importante definir a morfologia desta palavra: Terapia é uma palavra de origem grega (“therapeía”), e significa "método de tratar doenças e distúrbios da saúde”, ou simplesmente “tratamento de saúde". Pressupõe-se, assim, que quem faz Terapia, tem uma doença ou um distúrbio? Não é bem assim... A Holoterapia é mais do que isso. 

Embora muitas pessoas só nos procurem quando estão em desequilíbrio, um terapeuta holístico (ou holoterapeuta) não atende somente pessoas tidas como desequilibradas. Visamos oferecer uma perspectiva de vida mais ampla, que proporcionará ao atendido um autoconhecimento capaz de evitar problemas – e não somente o tratamento deles. 

Mesmo assim, o que as terapias holísticas oferecem está muito próximo daquilo que seria a tradução mais simples e literal da Holoterapia: Terapia Integral. 

Holos vem do grego, e significa TODO - ou seja, é um tratamento visando não somente o equilíbrio físico ou uma percepção individualizada, e sim, um tratamento mais completo, integrando seu corpo, sua mente e tudo que lhe cerca como indivíduo.

O ser humano não é somente o seu corpo: ele pensa, sente as coisas de diferentes formas. E estes processos interferem em sua saúde física e mental. Citando um exemplo prático, quando um indivíduo faz um tratamento médico, ela busca a cura de uma doença. Na Holoterapia, independente do tratamento abordado, os seres humanos, plantas, bichos e tudo que nos cerca são tratados como um todo – afinal, todos nós interagimos com nossos estados físicos, mentais, psicológicos, com o Ecossistema e com os padrões sociais e culturais que nos norteiam (além do tempo em que vivemos). É por isso que usamos na maioria das vezes tratamentos advindos da Natureza, como a Aromaterapia ou a Cristaloterapia.

Quando você escolhe um holoterapeuta, tenha em mente que o trabalho dele nunca será padronizado: serão usadas técnicas e abordagens exclusivamente eficazes para o seu estado atual. É por isso que quase sempre o terapeuta holístico e seu assistido criam uma relação de amizade e proximidade no decorrer dos encontros para seus tratamentos (que eu prefiro chamar de atendimentos, trabalhos ou “jornada”). E esta relação proporciona um aprendizado para ambos os lados, indiscutivelmente

Aqui no Brasil, as pessoas ainda olham com olhos desconfiados para os tratamentos holísticos. Associam isso com algo subjetivo, abstrato, esotérico, religioso... Ou com algo que é preciso ter fé para funcionar. Bem... Ter fé em algo ajuda em qualquer tratamento, e isso é comprovado cientificamente. Mas a eficácia das práticas holísticas pode ser comprovada através de diversas formas - a fotografia Kirlian é uma delas (pois comparando uma foto antes e outra depois de um tratamento, pode-se VER a diferença na emanação de nossa energia).  

Mas as pessoas ainda olham torto para estas terapias "alternativas". Já me deparei com leigos que viam velas e pedras em minha casa, e chamavam o que eu fazia de “macumba”. Mas não podemos julgar estas pessoas, pois a Holoterapia em nosso país está ainda começando a se expandir para o público geral. Uma das razões para que isso ocorra é que em grande parte do Ocidente, as pessoas costumam analisar somente o que ocorre e aparece diante dos seus olhos, buscando soluções práticas para problemas que parecem ser específicos e isolados, mas que fazem parte de um contexto mais amplo. 

Bom... Agora que você já sabe o que significa morfologicamente a palavra “Holoterapia” e seu potencial, espero que tenha interesse em continuar acompanhando nossos textos. Mas é importante frisar que os tratamentos holísticos não substituem a medicina tradicional e outras terapias mais convencionais.


Através dela, partimos da premissa de que nós, nossos amigos, parentes, espaço e Natureza somos uma coisa só e estamos interligados física, psicológica, social e espiritualmente. E é esse conjunto integrado que a Holoterapia trata.




(Por Daniel Paione)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

As pessoas são de fato "sociais" em uma rede social?

O uso das redes sociais não deixa de ser um exercício de integração a um todo – mesmo sendo um todo “virtual”. Por isso, seu uso requer cuidados não só em um nível pessoal: muita empresa olha seus perfis antes de contratá-lo(a). No entanto, muita gente ainda "patina" na forma como deveríamos usá-las. Facebook, Instagram, WhatsApp... Cada uma dessas redes possui suas particularidades - mas nunca se esqueça: tudo que você posta, comenta ou curte reflete aquilo que você é.

Quando você curte um post com conteúdo machista, você propaga ao mundo uma imagem machista. Quando comenta algo de forma belicosa, você passa uma imagem “pavio curto”. Por mais óbvio que isso pareça, muitas pessoas se esquecem disso (principalmente em períodos eleitorais). Postam os maiores impropérios como se o anonimato da Internet as isentasse de qualquer culpa. Pensando nisso, montei um pequeno apanhado de dicas para que você use essas redes da forma mais saudável e positiva. E lembre-se: as palavras se espalham quando jogadas ao Universo – sejam faladas, digitadas ou gravadas em mensagens de voz. 

12 dicas para um uso (de fato) social de suas redes sociais

1. NÃO JULGUE UM PERFIL PESSOAL. Não julgue ninguém antes de entender os seus reais intentos. Você pode ser a pessoa mais chata do mundo para mim e ser o mais cool do mundo para outros, e não faz ideia disso. 

2. NÃO FAÇA COM OS OUTROS O QUE NÃO GOSTARIA QUE FOSSE FEITO COM VOCÊ. Se você não gosta de ver tirações de sarro de seu time, religião ou partido político, não tire sarro dos outros times, religiões ou partidos políticos. A sua verdade pode ser mais verdadeira para você, mas pode ser patética para muita gente. 

3. PEGUE LEVE NO NÚMERO DE POSTAGENS. Não há um padrão em relação ao número de postagens por mês, semana, dia ou hora. Se eu posto coisa demais para o tempo que você gasta em uma rede social, minha "cara" vai aparecer o tempo inteiro no seu feed de notícias - e isso pode me tornar um chato para você, ou um cara ativo para outros. Por isso, pegue leve! Nem sempre o que você posta é tão interessante quanto você pensa... 

4. CUIDADO COM OS ERROS DE PORTUGUÊS. Releia o que você posta e se tiver dúvida em relação à ortografia, refaça sua postagem. Uma postagem compartilhada com um erro de português pode lhe cunhar a imagem de ignorante (e isto pode ser propagado para parentes, amigos, possíveis empregadores ou patrões). 

5. NÃO SE EXPONHA DEMAIS. O facebook não é um "diário" restrito a quem você decida mostrá-lo. Se quiser usar um perfil mais "pessoal", adicione apenas as pessoas que você realmente conhece. Mas se você tem uma rede ampla (e com pessoas que você não conhece pessoalmente), evite se expor demais, (principalmente sua vida pessoal, amorosa, sexual e suas frustrações), não escreva coisas polêmicas e evite confrontos. 

6. SEGMENTE SUAS POSTAGENS. Se você posta coisas demais, crie páginas ou grupos para segmentar, e direcione cada postagem para o perfil adequado para elas. Isso evitará que determinadas pessoas lhe reprovem ou bloqueiem.

7. ADEQUE SEU CONTEÚDO COM A REDE QUE VOCÊ ESTÁ USANDO. O Facebook é mais amplo, mas o Twitter é mais direto e os Instagram/Pinterest são mais visuais. Entenda que cada rede social tem seu perfil. 

8. LEMBRE-SE DO POTENCIAL QUE ESTAS REDES TÊM. Se você usa essas mídias sociais profissionalmente, tenha em mente que o potencial delas é imenso tanto para o bem quanto para o mal. Da mesma forma que pode divulgar uma promoção para milhões de pessoas em poucos minutos, pode destruir a sua imagem em poucos segundos (afinal, 30% da população mundial acessa a internet DIARIAMENTE). 

9. ESCREVA O NECESSÁRIO. Priorize mensagens curtas, claras e diretas. As pessoas que usam as redes sociais esperam um retorno mais rápido que um e-mail ou site. 

10. AS REDES SOCIAIS AINDA SÃO MAIS USADAS PARA FINS PESSOAIS. 65% dos usuários ainda utilizam estas redes para fins pessoais. Logo, mesmo se for para o uso profissional, seja mais informal e menos "burocrático". 

11. ADEQUE-SE ÀS EXIGÊNCIAS DE TEMPO DESSAS REDES. De que adianta estar no facebook, instagram ou twitter se você nunca responde às pessoas que te procuram? No geral, todo mundo aguarda um tempo “X” para você dar um sinal de vida. Logo, pense bem se quiser ingressar nessas redes. O seu tempo de resposta pode ser muito maior ao de outros usuários, e as pessoas poderão achar que você está as negligenciando.

12. ENTENDA QUE VOCÊ NUNCA AGRADARÁ A TODOS. Tendo 50, 1000 ou 5.000.000 de amigos/seguidores, o percentual de acerto e erro daquilo que você posta tende a ser mais ou menos o mesmo: 10% vão adorar o que você posta, 20% vão gostar, 40% não se importarão nem pro bem, nem pro mal, 20% não vão gostar e 10% vão abominar. Esteja pronto para lidar com estes percentuais de aprovação e rejeição. 

Enfim... Fazer parte de uma rede social pode ser uma experiência ótima ou péssima, dependendo da forma como você administrar isso. Portanto, nunca se esqueça que uma rede social é um mural exposto dos seus pensamentos e conceitos. Exponha neste mural o melhor de você.

(por Daniel Paione)


terça-feira, 23 de abril de 2013

Eu, "Artista"

Talvez a forma mais eficiente para uma pessoa se elevar e interagir de forma efetiva com seu entorno (e ao mesmo tempo, expor seu mais íntimo interior) seja a expressão artística. Pensando nisso, foi escrito este texto...

Ser artista é uma dádiva, um privilégio e um carma. É lutar às vezes sem arma, em um fardo doce e amargo de um caminho estreito e largo. Um artista é um ser elevado. Às vezes, paralisado, muitas vezes subjugado. Ser artista é ser antenado, ligado e parabolizado. É ver um mundo quadrado, mal temperado e conformado te chamando o tempo inteiro de errado. 

Ser artista é sentir mais. É uma euforia voraz que te mantém motivado e vivo, aliada a uma depressão muitas vezes sem motivo que te derruba e te deixa incapaz, inerte e passivo diante de um mundo mediocremente superlativo. Ser artista é rir, gritar, sofrer e se emocionar. Ser artista é sentir pena, música, cinema. É viver dentro de um tema, um livro, um lema, uma novela rasa ou um eterno dilema. É ser forte, gordo, sem sorte, magro, pobre e corcunda. É deixar de sentir um grande pé na bunda (e saber que em um dia você sobe, e no outro, afunda).

Ser artista é saber escutar não. É insistir, devotar, é quase uma religião. É botar sua carreira na frente da vida. Família, amores, entradas, saídas... Ser artista é saber mudar de roupa, máscara, semblante e feições. É ter o controle de suas emoções (e ao mesmo tempo, sentir o tormento de uma sina onde toda sua emoção é quem te domina).

Ser artista é ser egoísta. É perder os seus sonhos de vista. É sentir um incontrolável desejo de falar cantando, sem que seja em um simples solfejo. É aceitar ser uma criatura insuportável para se dividir um lar, pois sua forma de controlar seus passos exige muito espaço, botando sua vocação na frente de toda e qualquer paixão. É viver em total combustão. É sentir em ebulição. É não conseguir fazer planos sem imaginar sua vida com a arte em primeiro plano. É querer viver incondicionalmente e eternamente com a arte, para a arte e DA arte. É achar que o mundo é terreno, e saber que você é de Marte. 

Ser artista é perseverar em uma tola teimosia, dia a dia, mesmo que o destino, sua mãe ou sua tia digam que isto não passa de uma mera fantasia. É querer sempre mais para seu trabalho, e mesmo que em um ato falho, não desistir jamais. Ser artista é ser estranho, louco, de tudo um pouco. É gostar de estar na contramão por odiar ser mais um na multidão. É fazer de sua vida uma busca constante para deixar um legado criativo, alegre ou instigante – mesmo sabendo que isto possa ser um sonho distante.

Ser artista é estar mais próximo de Deus. É guardar rancor, sofrer por amor, gostar facilmente e criar intermitente. É se apaixonar, questionar, se cansar e largar da pessoa amada, em um ciclo sem fim de quem ama assim, intensamente, inconsequente e vagamente. É fruta verde ou passada. É ser tudo e ser nada. É rir de tragédia, chorar com comédia, sentir sem ter nada. 

Ser artista é pintar, escrever, entrar em qualquer dança. É ter os mesmos sonhos desde criança. É ter bandas, teatros, livros e fatos. É jogar o orgulho no mato por um destino nato. É pagar pato, fugir como rato esperando o pulo do gato. É respeito, disciplina, grito e desacato. É não se encontrar em um emprego convencional, pois para você, isto é anormal. É sentir falta do palco como de um prato de comida. É ver a vida de um palco, e o palco na vida. É gastrite, câncer ou anemia, seja em depressão, seja em euforia. É ser um ímã potente que atrai tudo que vem pela frente (seja bom ou ruim, artista é assim).

Ser artista é canto, grito, é choro e olhar aflito. É buscar um interno sorriso. É a dor do arrancar de um siso. É criar dormindo, chorar sorrindo ou sorrir fugindo. É sexta, sábado e domingo. É estar morto e vivo, sendo um “dependente criativo”. É estar preso a esta alma artística por toda eternidade, pois nossa essência não deve durar uma só existência.

Ser artista é carência, imprudência, é um estoque imenso de vivências. É um corpo que retém memórias, referências e histórias que alimentam seu organismo, seja no céu ou no abismo, em um quase que autismo que retém sua glicose pensando ou tomando uma dose. É a inconstância da energia, é a endorfina em uma dupla via, é tristeza e alegria. Somos muito mais que um simples sonho ou um devaneio. Somos na vida o recheio, o sabor, o tempero e o destempero. Falar desta dádiva e desespero a alguém comum não vai te levar a lugar algum. Nossa mente funciona de um jeito incomum. Nosso cérebro às vezes é forte e lento como o efeito de um rum, e às vezes é “pá-pum”, indo do genial a lugar algum. 

Quer aceitação, compreensão? Quer mais sins do que nãos? Bateu na porta errada. Com a gente, é tudo ou nada. É o real em um conto de fadas Mas nada... Nada ou ninguém determina minha vista. Não sou demagogo, não sou ativista. Só sou um teimoso que exige o gozo num riso jocoso, num aplauso clamoroso ou o sol em um dia chuvoso. Posso ser Lennon, Da Vinci, Kubrick ou o Bozo. Posso ser raso, profundo, casto, profano, piegas, imundo... Mas sou meu início, meu meio e meu fim. Sou assim.

Sei que às vezes me acabo, me podo, me gasto... Mas eu me basto. Ainda que o mundo inteiro queira me tirar na pista, não perca seu tempo, não insista! A porta está aberta. Saia, não volte, desista! Eu sou o que sou, com ou sem show. Eu sou um artista.

(por Daniel Paione)