sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O poder das adversidades

Que criança sairia do chão se tivesse medo de se levantar? Que criança andaria se tivesse medo de cair? E, que criança andaria ereta e de forma correta se já não tivesse dado seus passos em falso? No geral, todos nós aprendemos errando, sofrendo e caindo. E isso se aplica a todas as áreas. Nós só sabemos que erramos quando somos submetidos a uma avaliação, e alguém nos avisa e diz que que erramos. Caso contrário, persistiríamos errando. Logo, dá para concluir que os erros e dificuldades que vivemos na vida representam as maiores oportunidades para a gente crescer e aprender. E, mais do que isso: devemos, sim, sentir Gratidão pelas dificuldades que a vida nos impõe. 

Acha isso estranho? Então reflita: como uma criança aprende que não se deve colocar um dedo na tomada? Ou pelo fato dela ser repreendida quando o faz, ou quando ela enfia o dedo e toma um choque. Quando uma criança aprende a tomar cuidado andando sobre um piso ensaboado? Da mesma forma: ou quando alguém a repreende, ou depois de tomar um tombo. Isso significa que é através das rasteiras que a vida nos dá que aprendemos a andar eretos e seguros. Portanto, se você estiver se sentindo caído neste exato momento, reflita sobre o que lhe fez cair, evite cometer os mesmos erros e agradeça pela oportunidade de aprendizado que este erro lhe proporcionou.

“E quando alguém erra e me prejudica?”, poderia você estar questionando. “Como aprender com um erro que não fui eu que cometi?”. Neste caso, sua postura deve ter mais a ver com relevar uma "falha" (aos seus olhos) e perdoar a pessoa - mas perdoar de uma forma humana, pessoal, não religiosa. 

“Se a própria pessoa que me prejudicou não reconhece seu erro perante mim e não parece querer aprender com seu erro, por que eu é que deveria perdoá-la?”. Bom... Por uma única e simples razão: se alguém erra conosco, isso não nos dá o direito de errar com esse alguém. Se alguém lhe dá um murro, o que você conseguiria revidando esse murro? Se igualaria ao seu agressor. É esta sua intenção?

Não dá para negar que estamos vivendo um momento neste país onde os ânimos estão exaltados por todos os lados: nas ruas, nas mesas de bar e até nas mídias sociais. Pessoas se agridem o tempo inteiro, seja em palavras, em socos, cusparadas... E isso só gera uma tensão generalizada, que pelo acúmulo de odiosas formas-pensamentos, podem causar um ambiente ainda mais hostil (afinal, nossos pensamentos e ações geram energias que ficam por aí, se aglutinando a outras energias semelhantes por afinidade). 

É óbvio que nos sentimos péssimos quando somos xingados e ficamos quietos. Ou quando somos ameaçados e “fugimos da briga”. Nos sentimos menores, covardes... Mas e daí? Se você se preocupa em não passar uma imagem de covarde, não é você que quer se impor. É seu orgulho que está se impondo diante do seu Equilíbrio/bom senso (ou você está mais preocupado com aquilo que vão pensar de você do que consigo mesmo).

Sempre que revidamos algum tipo de achaque, entramos na mesma sintonia de nosso agressor. Em contrapartida a isso, sempre que perdoamos uma falha alheia ou ignoramos uma agressão, nos livramos de fluídos/energias inferiores que certamente se alojariam em nosso corpo. Desta forma, o desequilíbrio da pessoa que errou com você não te atinge.

Por tudo isso, se você estiver passando por algum tipo de adversidade, ENCARE (pois não adianta fugir de nossas barreiras), REFLITA (para entender o porquê de você estar vivendo isso), APRENDA (pois toda experiência nos gera lições), ELIMINE (para que essa barreira fique para trás) e SIGA EM FRENTE! A vida é muito curta para a gente perder tempo com as adversidades...