terça-feira, 8 de julho de 2014

O que me levou à Holoterapia?


Desde criança, eu sempre tive dúvidas em relação a tudo: como seria o Céu e o inferno, por que guerras ocorriam e por que existia tanta gente ruim no mundo. Estas perguntas se tornaram um pouco mais vivas quando minha avó paterna faleceu, quando eu tinha nove anos. Nunca tinha vivenciado um falecimento próximo, e não pude entender ou aceitar esse rompimento brutal e definitivo.

Mesmo assim, eu ainda era muito novo para ir atrás de conhecimentos mais profundos – até porque eu sempre estava mais ocupado fazendo o que mais gosto na vida até hoje: criar. Apesar de ter feito aulas de piano dos quatro aos seis anos, eu ainda não tinha uma ligação forte com a Música. Pouco depois de aprender a ler, eu só pensava em fazer histórias em quadrinhos. E por isso, vivi cerca de seis anos (dos oito aos catorze) com poucos amigos - e os poucos que eu tinha também desenhavam e criavam seus personagens. Isto me tornava um cara estranho, isolado... Mas que expunha todos seus anseios, frustrações e visões do mundo ideal em seus personagens. Aliás, eu sempre admirei as pessoas que transformam suas vidas e pensamentos em Arte. Todo mundo pensa o tempo inteiro, cria situações, imagina coisas boas, alimenta paranoias, medos, vontades... Mas a grande maioria guarda isso para si. E os artistas têm coragem de botar no papel tudo isso, expondo seus universos paralelos nas mais variadas histórias e obras. 

Embora eu não enxergasse isso naquele momento, meus personagens e histórias também refletiam tudo que estava dentro de mim e me norteava: eu tinha personagens similares aos personagens que eu admirava, aos meus ideais de vida, meus familiares e até aos carros da família.

Depois disso, dos catorze aos vinte e poucos anos, fiz o que (quase) toda pessoa dessa idade faz: me encantei com o sexo oposto, tive relacionamentos, turmas de amigos, baladas... E, além dos desenhos e histórias em quadrinhos, após achar uma bateria (que fora do meu pai) no sótão da casa, aprendi a tocar sozinho e tive minha fase de bandas. Depois dos dezoito anos, comecei a compor também (a esta altura da vida, eu já tinha aprendido a tocar violão também). A partir daí, meu trabalho passou a ser menos infantil e minhas criações ganharam um conteúdo mais "real" e comercial (pois naquele momento, eu já encarava tudo aquilo como uma possibilidade de carreira, e não um hobby). E, como não podia deixar de ser, quase todas minhas músicas também refletiam exatamente o que eu era. Dias bons, músicas otimistas. Dias ruins, músicas pessimistas. 

No entanto, no meio deste trajeto, aos quinze anos, comecei a ler Tarot. Vi um livro na banca de jornal (que vinha com o baralho), comprei e comecei a estudá-lo. Fiz alguns cursos (desses de revistas mesmo), aprofundei meus conhecimentos pesquisando em uma biblioteca perto de casa (já que na época não existia ainda internet) e comecei a ler para amigos e conhecidos. 

Devo confessar que no início, até pela idade besta que eu estava, eu ainda não enxergava o potencial que o Tarot tinha (afinal, um oráculo tem imenso potencial para ajudar pessoas que sentem falta de um “norte”). Mesmo assim, sempre deixei claro em minhas leituras que o Tarot indicaria tendências, mas não decretaria nada (afinal, sempre acreditei que é o livre arbítrio das pessoas que determina seus futuros, e não um baralho de Tarot). Porém, no fim de ano (entre o primeiro para o segundo colegial), um professor de Física pediu para eu ler para ele e, depois de uns dias, me chamou de canto e disse que tudo que tinha saído como tendência na leitura tinha acontecido. Neste exato momento, eu decidi que levaria aquilo a sério para sempre.

Embora a Tarologia não seja considerada uma prática holística (e sim, esotérica), eu percebi o quanto as pessoas necessitavam de algo que as amparasse. E mais do que isso: percebi o quão bom era ajudar pessoas em momentos difíceis (até porque eu li sem cobrar nada de ninguém dos meus quinze aos trinta e oito anos).

Bem... Considero que comecei a pesquisar e a praticar indiretamente temáticas holísticas em minha vida a partir de 2008. Após conhecer diversas religiões, praticar Yoga por quase dez anos e fazer mais cursos e estudos diversos (minha jornada será melhor explicada em outros textos deste blog), comecei oficialmente meu caminho como holoterapeuta em 2013 – ano em que fiz meu primeiro curso neste universo, ligado à Cristaloterapia.

E como minha vida só melhora desde então, decidi não só encarar as terapias integrativas como minha principal carreira, como também dividir muitas das minhas experiências com vocês neste blog, compilando uma visão geral de tudo que norteia as práticas holísticas e como elas mudaram minha vida. 

Do fundo do meu coração, espero que este blog funcione como uma isca para lhe aproximar deste maravilhoso universo holístico. 

E, mais do que isso: espero que as práticas holísticas mudem sua vida como mudaram a minha.